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- 27/11/2019
Novembro Azul alerta para cuidados com o diabetes
Doença pode trazer consequências para a visão
Novembro Azul do diabetes ou da
próstata? Nos últimos anos, no Brasil, Novembro Azul virou sinônimo de cuidados
com a saúde masculina, especialmente o câncer de próstata. No entanto, o mês
também é uma data utilizada para outro alerta igualmente importante: o
diabetes. Definido pela Federação Internacional de Diabetes e a Organização
Mundial da Saúde (OMS), 14 de novembro é, desde 1991, o Dia Mundial do
Diabetes, que afeta 380 milhões de pessoas no mundo, segundo dados da OMS.
No Brasil, são mais de 13 milhões de diabéticos, o que representa 6,9% da
população. Se não tratada, a doença pode causar sérias consequências, inclusive
para os olhos.
O que
é – Retinopatia diabética é quando o
diabetes afeta a retina, parte neurológica do olho responsável pela captação de
imagens, e seus vasos sanguíneos. Seu diagnóstico precoce é importante, porque
tem início silencioso e pode levar à perda total e irreversível da visão, se
não tratada. Inicialmente assintomática, quando o paciente começa a perceber a
perda da visão, geralmente, a doença já está na fase mais adiantada. Primeiro,
há um leve embaçamento e, muito rapidamente, pode evoluir com perda importante
da visão.
Após alguns anos, a maioria dos
diabéticos terá alterações na retina, independentemente do gênero. Mas o quadro
pode se iniciar mais cedo, se não houver controle da doença, por meio de
alimentação, prática de exercícios e, quando necessário, medicação com
acompanhamento médico. Em geral, o oftalmologista explica que a retinopatia
diabética se manifesta 10 anos após o diagnóstico de diabetes. As pessoas com
diabetes e que também têm pressão alta têm risco muito maior de desenvolver
retinopatia diabética, porque ambas as doenças provocam lesões na retina.
Se é possível traçar uma relação entre
câncer de próstata e diabetes, é a faixa etária dos pacientes. Todos após os 50
anos de idade devem ter um cuidado especial com a visão e realizar o exame de
fundo de olho, pois esse é o grupo mais suscetível a doenças oculares não
somente como a retinopatia diabética, como também glaucoma e degeneração
macular relacionada à idade, que podem levar à cegueira se não diagnosticadas a
tempo.
Estima-se que cerca de 50% das pessoas
com diabetes não sabem que têm a doença na América Latina. Muitos diabéticos
descobrem que têm a doença no consultório do oftalmologista. Isso porque
apresentam oscilação do grau de visão e embaçamento provocado pela glicemia
alta, que modifica e ‘incha’ o cristalino, alterando a refração do paciente, o
que o leva a procurar o oftalmologista. Já quando a retinopatia diabética se
instala, o paciente já sabe que é diabético, pois são muitos anos de evolução
da doença, e os cuidados devem ser mais frequentes.
Novos
tratamentos – O modo de tratar a retinopatia
diabética pode variar de acordo com a evolução da doença, o que pode incluir
desde uma hoje considerada simples aplicação de laser, injeções intraoculares
ou até cirurgias mais complexas, quando há hemorragias ou descolamento da
retina. Nos últimos anos, a novidade é o uso de medicamentos injetáveis no
globo ocular para controlar a doença. Essa aplicação impede a evolução da
retinopatia diabética, revertendo casos de edema (inchaço) macular e de vasos
que proliferam, levando a hemorragias e descolamentos de retina. Isso tem feito
com que o número de indicações de tratamento a laser e cirurgias diminua.
Tipos
de diabetes – Vale lembrar que existem dois
tipos de diabetes. O tipo 1 acomete, geralmente, crianças e adolescentes. É
chamada de doença autoimune, pois o sistema imunológico ataca as células beta.
Dessa maneira, pouca ou nenhuma insulina é liberada para o organismo, fazendo
com que a glicose, não seja absorvida pelas células. Já o tipo 2 é a
apresentação mais comum da doença. Em torno de 90% das pessoas diagnosticadas
(normalmente adultos, mas crianças também podem apresentar) têm diabetes tipo
2. E ela surge quando o organismo não consegue usar de forma correta a insulina
que produz. Ou, então, o organismo não fabrica o hormônio suficiente para
conseguir controlar glicemia. Fatores genéticos podem desencadear esse tipo de
diabetes, mas o mais comum envolve casos de pessoas acima do peso e com má
alimentação.