Junho Violeta é a campanha mundial de conscientização sobre o ceratocone. Segundo o Ministério da Saúde cerca de 150 mil casos da doença são diagnosticados anualmente no Brasil.

O ceratocone é uma distrofia da córnea que apresenta curvatura irregular e a torna mais fina. A doença começa de forma silenciosa e em alguns casos, só leva a paciente ao consultório médico quando os sintomas são mais intensos e a doença já está avançada.

Um hábito de coçar os olhos que é muito comum e parece ser “inofensivo” é um dos principais gatilhos para o Ceratocone, principalmente quando há pré-disposição genética e casos da doença na família. 

Geralmente, a doença atinge adolescentes e jovens na faixa etária dos 13 aos 18 anos. Por isso, a coceira nos olhos que é comum entre crianças não deve ser ignorada. Fatores como asma e rinite alérgica também estimulam a coceira nos olhos.

Além da coceira, aumento frequente de graus de astigmatismo e miopia, visão embaçada ou distorcida, sensibilidade à luz são sinais de alerta. Por ser um distúrbio de visão, o ceratocone faz com que a visão fique cada vez mais embaçada, o que explica a mudança contínua dos graus.

Atualmente, existem várias formas de tratamento para o ceratocone: óculos específicos, lentes de contato e modernos procedimentos cirúrgicos como o implante de anel intracorneano e o crosslinking. No entanto, casos mais graves que comprometem muito a visão do paciente só são solucionados com transplante de córnea.

Neste mês de conscientização, é importante lembrar sobre a necessidade de consultas de rotina ao oftalmologista que pode detectar a doença mesmo antes dela apresentar os sintomas. Além disso, o médico pode tratar as causas de coceira nos olhos, evitando futuras lesões na córnea e outras doenças oculares.