A infância é uma fase marcada pelo desenvolvimento e muitas
descobertas para pais e filhos. O cuidado com a saúde da criança não inclui
apenas visitas regulares ao pediatra, o médico oftalmologista também deve fazer
parte da rotina de saúde das crianças desde os primeiros anos de vida.

Segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), cerca
de 250 mil jovens de 5 a 15 anos possuem alguma dificuldade para enxergar. Para
a Organização Mundial da Saúde (OMS) de 60% a 80% das doenças oculares que
afetam crianças e adolescentes são evitáveis e possuem tratamento antes de se
tornarem mais graves.

Na fase escolar, as crianças que possuem algum problema de
visão podem apresentar dificuldade para aprender, pois geralmente, apresentam
dificuldade de leitura por não enxergarem direito e até mesmo, para acompanhar
os conteúdos que são passados na lousa ou por apresentações em telas.

Os problemas de visão mais comuns na infância são os
chamados erros refrativos: astigmatismo, miopia e hipermetropia. Todas essas
condições são facilmente detectáveis em consultas de rotina e o tratamento
melhora a visão do paciente.

A hipermetropia que é a dificuldade de enxergar de perto é
uma condição muito comum em crianças, principalmente, os graus mais baixos.
Isso acontece porque os olhos assim como todo o corpo têm uma fase de
desenvolvimento que vai até os dois anos de vida. Mas é preciso o
acompanhamento, pois o grau pode aumentar.

Crianças adoram brincar e acabam se esquecendo de lavar as
mãos antes de levar ao rosto e coçar os olhos: situação ideal para as
conjuntivites. Sobre essa inflamação é importante destacar que também pode ser
de origem alérgica, o que faz a criança coçar os olhos frequentemente. Sabemos
que isso é um grande problema.

Geralmente, os pais só levam os filhos ao oftalmologista quando as
crianças ou os professores relatam dificuldades na escola. Precisamos mudar
esse hábito e pelo menos uma vez por ano, levar de forma preventiva os pequeninos
para uma visita ao oftalmo.